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Campanha expõe desafios da comunidade LGBTQIA+ em condomínios

Superlógica propõe discussão sobre importância do respeito à diversidade nos condomínios e na própria casa

Abordado pela empresa por meio de uma campanha, o direito LGBTQIA+ também deu origem a uma cartilha produzida em parceria com advogados especialistas, com orientações a síndicos, administradoras e imobiliaristas.

A Superlógica, plataforma de tecnologia e finanças para os mercados condominial e imobiliário do País, lança a campanha “Morar com Orgulho: o direito LGBTQIA+ ao lar”, que busca conscientizar sobre a importância do respeito à diversidade nos condomínios. O objetivo da empresa é alertar sobre o problema da discriminação no Brasil e como as boas práticas e o respeito a todos contribuem para uma convivência mais harmônica.

A marca, que tem como propósito descomplicar a relação das pessoas com sua moradia, traz à atenção do público a questão das microagressões ainda enfrentadas pelas pessoas LGBTQIA+ em suas casas, condomínios e vizinhanças.

Para tanto, conteúdos relevantes sobre o tema têm sido compartilhados nas redes sociais, como os números da violência no Brasil contra esta população, depoimentos de casais LGBTQIA+ sobre as principais dificuldades enfrentadas no morar, além da divulgação de uma cartilha produzida em parceria com advogados especialistas na temática.

O material, que está disponível para download aqui, é um guia completo sobre o assunto, voltado a administradores de condomínios, síndicos, imobiliaristas, corretores de imóveis e demais moradores, com informações históricas, esclarecimentos e, principalmente, orientações para uma melhor convivência.

O principal foco é reforçar o direito que as pessoas LGBTQIA+ têm à moradia com dignidade.

“Nosso lar é refúgio. Ou deveria ser… sabemos que a sociedade ainda é muito preconceituosa e essa discriminação, que muitas vezes ainda toma palco em violências "silenciosas", prejudica muito a experiência do morar. Assim, a campanha expõe os problemas enfrentados pela comunidade e convida o público a ouvir as histórias reais dessa população", pontua Mark Cardoso, Head of Brand do Grupo Superlógica e responsável pela direção da campanha. "Por último, com essa cartilha, queremos mostrar que, por meio de boas práticas, é perfeitamente possível existir um ambiente de respeito – que é o mínimo!”.

Segundo a advogada Marisa Dreys, uma das especialistas que apoiaram na produção do material, os gestores dos condomínios possuem um papel fundamental na conscientização e na luta contra a LGBTQIA+fobia no dia a dia.

“Muito além de promover campanhas de conscientização, é importante que os síndicos e administradores de condomínios saibam como proceder diante de determinadas situações. Na cartilha trazemos essas orientações, além de esclarecimentos sobre o tema. Hoje, diante de tanta violência contra a população LGBTQIA+, não há mais espaço para a omissão”, alerta a advogada.

Conforme dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDH), de janeiro a maio de 2024 foram registrados 33.935 violações contra pessoas LGBTQIA+ no Brasil. Em 2023, uma pessoa a cada 34 horas foi morta no Brasil pela sua orientação sexual e/ou identidade de gênero.

Além de jogar luz nos números alarmantes da violência, a campanha também traz nos depoimentos de dois casais LGBTQIA+ o alerta sobre como a intolerância e o preconceito afetam o convívio e prejudicam a experiência das pessoas com suas residências. Um dos personagens da campanha, Kawan Carvalho relembra que, quando ele e o marido estavam procurando um imóvel, o corretor ficou surpreso e desconcertado ao descobrir que eles eram um casal.

“O preconceito não está só no ‘apontar o dedo’ ou ‘no gritar’, mas está nas nuances, nas vírgulas. E eu só quero ser tratado com respeito", explica o especialista em mídias sociais. "É tão importante para as pessoas LGBTQIA+ ter um lugar de acolhimento… e nossa casa tem que ser esse lugar."

Paulo Melo, presidente do Instituto Nacional de Condomínios e Cidades Inteligentes (INCC), complementa: “O respeito é sempre o melhor a fazer na vida ou no condomínio. Precisamos criar ambientes onde todos se sintam seguros e acolhidos, e isso começa com o respeito mútuo e a conscientização sobre a importância da diversidade”.


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